AMOR DE SEMÁFORO

VERMELHO... VERDE!

-ABRIU (ALGUEM FALOU PARA OUTRO)

TODO MUNDO PAROU. OLHEI PRA FRENTE.

DO OUTRO LADO ESTAVA ELA. SEGURAVA UMA BOLSA PLÁSTICA DE TOM ROXO. LOGO SE VIA QUE TINHA COMPRADO EM ALGUMA RUAZINHA DO CENTRO DE SÃO PAULO.
GOSTEI.

O CABELO ESTAVA PRESO. MAL PRESO. CERTAMENTE PRENDEU ANTES DE TOMAR BANHO. NUA. AS PRESSAS, ATRASADA PRO SERVIÇO. COM A ÁGUA DO CAFÉ JÁ FERVENDO NO FOGÃO.
RETORCI-ME.

OS PÉS VESTIAM UM TAMANQUINHO DE COURO DE MENTIRA. BEJE CLARO. CONFUNDIA-SE COM O TOM DA PELE. O CALOR DEIXAVA A SANDALHA ÚMIDA, FAZENDO OS PÉS ESCORREGAREM CAUSANDO LEVE INCOMODO. VIA-SE NITIDAMENTE, QUE HAVIA SIDO PRESENTE DE ALGUMA AMIGA.
NESSA HORA, SENTI TESÃO.

O VESTIDO ERA ESTAMPADO DE FLORES. ABERTAS E VERMELHAS. DE TECIDO VAGABUNDO, QUASE TRANSPARENTE. É OBVIO QUE ELA HAVIA GANHADO DO MANORADO, AO ENTRAR UM DIA NO QUARTO DO MOTEL.

O SOL AUMENTOU E ME LEMBREI QUE SUAVA.
QUASE GOZ...

AMARELO... VERMELHO!

- VAMOS (DISSE A MESMA PESSOA DO MEU LADO)

FIM